10 Sinais Que a Gravidez Não Vai Bem
A gravidez é um momento único e transformador, repleto de mudanças físicas e emocionais. No entanto, é essencial estar atenta a sinais de alerta que podem indicar que algo não está indo bem. Entre esses sinais, destacam-se sangramento vaginal, dor abdominal intensa, febre alta e tontura ou desmaio — sintomas que nunca devem ser ignorados.
Outros sinais, como a ausência de movimento do bebê por períodos prolongados, inchaço excessivo nas mãos e rosto, dores de cabeça persistentes e visão embaçada, também podem sugerir complicações e demandam atenção médica imediata. A compreensão desses sintomas e a busca por assistência adequada são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.
10 Sinais Que Podem Indicar Problemas na Gravidez
1. Tontura ou Desmaios
O que é: Sensação de fraqueza extrema, perda de equilíbrio ou até desmaios, que podem ocorrer principalmente em pé ou ao se levantar rapidamente.
O que pode significar: Embora seja comum que gestantes experimentem episódios leves de tontura, a sensação frequente de desmaios pode indicar uma pressão baixa ou até condições mais graves, como anemia. Em casos acompanhados de visão turva ou dor de cabeça, pode ser sinal de pré-eclâmpsia.
2. Febre Alta e Persistente
O que é: Febre constante acima de 37,5°C, que não cede com o uso de antitérmicos ou persiste por mais de 24 horas.
A febre pode indicar uma infecção, como infecção urinária ou respiratória, que pode afetar o bebê se não tratada. Em alguns casos, uma febre alta pode estar relacionada a infecções graves como a COVID-19, o que requer atenção especial.
3. Dor de Cabeça Forte ou Visão Turva
O que é: Dor de cabeça intensa e persistente, muitas vezes acompanhada de visão embaçada, flashes de luz, ou sensação de “ver estrelinhas”.
O que pode significar: A pré-eclâmpsia, uma condição grave caracterizada por pressão alta na gravidez, pode ter esses sintomas como sinal de alerta. A pré-eclâmpsia é perigosa para a mãe e o bebê e, se não tratada, pode evoluir para eclâmpsia, que é ainda mais grave.
4. Náuseas Severas e Vômito Persistente
O que é: Enjoos e vômitos intensos que impedem a gestante de comer e beber, levando a uma perda significativa de peso e sinais de desidratação, como boca seca e urina escura.
O que pode significar: Esses sintomas podem indicar hiperêmese gravídica, uma condição que afeta algumas gestantes e pode ser bastante debilitante. A hiperêmese gravídica pode prejudicar a nutrição e hidratação, afetando o desenvolvimento do bebê.
5. Inchaço Exagerado no Rosto ou Mãos
O que é: Inchaço repentino e intenso, especialmente no rosto, mãos ou ao redor dos olhos, que não desaparece com o repouso.
O que pode significar: Esse tipo de inchaço pode ser um sintoma de pré-eclâmpsia, uma condição que aumenta a pressão arterial e pode comprometer a saúde tanto da mãe quanto do bebê. O inchaço comum nas pernas ao final do dia é normal, mas o inchaço facial e nas mãos, especialmente se surgir rapidamente, é motivo de preocupação.
6. Dificuldade para Respirar e Dores no Peito
O que é: Sensação de falta de ar intensa e persistente, acompanhada de dor ou pressão no peito. Pode vir associada a batimentos cardíacos acelerados ou dificuldade em realizar atividades simples.
O que pode significar: Em alguns casos, esses sintomas podem estar relacionados a ansiedade, mas também podem indicar condições mais graves, como embolia pulmonar, infarto ou pré-eclâmpsia. Se acompanhados de outros sinais, como inchaço ou visão turva, é um motivo de preocupação.
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7. Sangramento ou Perda de Líquido Vaginal
O que é: Sangramento que vai além de leves manchas, ou perda de líquido que pode indicar o rompimento da bolsa antes da hora.
O que pode significar: O sangramento pode ser um sinal de aborto espontâneo ou placenta prévia, enquanto a perda de líquido pode indicar que a bolsa estourou prematuramente. Ambos os casos exigem atenção imediata para proteger a gestante e o bebê.
8. Dor Abdominal Aguda
O que é: Dor intensa e persistente na região abdominal, diferente das cólicas leves que muitas grávidas sentem. Pode ser acompanhada de sensações de contração ou pressão pélvica.
O que pode significar: Dor abdominal forte pode indicar problemas como descolamento de placenta, gravidez ectópica, ou até trabalho de parto prematuro, dependendo da fase da gestação.
9. Diminuição ou Ausência de Movimentos do Bebê
O que é: Redução notável nos movimentos do bebê, especialmente após a 28ª semana de gestação. A mãe percebe que o bebê está menos ativo ou que os movimentos estão menos intensos.
O que pode significar: A redução dos movimentos pode indicar que o bebê não está recebendo oxigênio ou nutrientes suficientes, o que pode ser sinal de sofrimento fetal.
10. Cansaço Excessivo e Falta de Energia
O que é: Sensação de exaustão extrema, mesmo após períodos de descanso. Esse tipo de cansaço vai além do esperado na gravidez, impedindo que a gestante realize atividades diárias normalmente.
O que pode significar: Cansaço extremo pode estar associado a anemia, comum durante a gravidez, ou ainda indicar condições como diabetes gestacional ou problemas cardíacos. Anemia na gravidez pode prejudicar a oxigenação do bebê, tornando necessário o monitoramento.
Quando Ir ao Hospital Imediatamente
Ao perceber qualquer um dos sinais de alerta mencionados acima, é importante não hesitar em buscar atendimento médico. Em muitos casos, agir rapidamente pode evitar complicações mais sérias para a mãe e o bebê. Para estar preparada, mantenha sempre o contato do seu obstetra acessível e organize-se para ir ao hospital se notar sintomas como:
- Sangramento intenso
- Febre persistente acima de 39°C
- Dificuldade para respirar ou dor no peito
- Ausência dos movimentos do bebê
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Conclusão
Pesquisas indicam que a identificação precoce de sinais de alerta durante a gravidez pode reduzir significativamente o risco de complicações para a mãe e o bebê. Um estudo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia aponta que a pré-eclâmpsia, uma condição que afeta cerca de 3% a 5% das gestações no mundo, pode ser controlada com monitoramento adequado, diminuindo os riscos de complicações graves. Além disso, o conhecimento dos sintomas de hiperêmese gravídica, comum em cerca de 1% das gestações, permite a gestão eficaz da condição, evitando desidratação e desnutrição.
Outro dado relevante vem da Organização Mundial da Saúde (OMS), que destaca que o monitoramento contínuo e a atenção a sintomas como sangramento e dor abdominal têm um impacto direto na redução de mortalidade materna e fetal. Reconhecer esses sinais e buscar ajuda médica o quanto antes permite intervenções rápidas, o que pode ser decisivo para a segurança da gestante e do bebê.
Portanto, ao longo da gravidez, é fundamental que as futuras mães estejam atentas ao próprio corpo e sigam todas as orientações do pré-natal. A ciência confirma: cuidar da saúde durante a gestação e agir ao menor sinal de alerta são medidas essenciais para uma gravidez mais segura e saudável. Afinal, a informação e o acompanhamento médico contínuo são aliados poderosos na jornada para uma maternidade tranquila.